Hérnia de Disco é uma doença que acomete os discos intervertebrais sendo mais comum em coluna cervical ou lombar devido a grande mobilidade articular dessas regiões. O Disco Vertebral funciona como um “amortecedor” da coluna, é preenchido internamente por um “gel” denominado núcleo pulposo e ao seu redor por fibras denominadas ânulo fibroso.
Explicando um pouco a anatomia de um desgaste ou degeneração discal, ela pode apresentar em 4 fases:
1) Abaulamento discal: Ocorre um desgaste do disco onde há um processo de fissura no anulo fibroso , ou seja uma pequena “rachadura” na “capa do disco”que pode gerar ou não dor.
2) Protusão Discal : Ocorre quando já se rompeu mais fibras da capa do disco (anulo fibroso) e o “gel” se direciona para fora, podendo ou não comprimir algumas estruturas como raízes nervosas ou reduzindo espaço foraminal causando dor.
3) Formação de Hérnia : Como próprio nome diz “hérnia” tudo aquilo que sai para fora de uma cavidade. Neste momento houve uma ruptura total das fibras da “capa” , fazendo com que o “gel” saia totalmente para fora do disco, comprometendo ou não raízes podendo gerar dor nos dermátomos referidos como braços quando nos referimos a hérnias cervicais ou pernas quando se tratar de uma hérnia lombar.
4) Disco Sequestrado ou Fragmentado : É quando a Hérnia se solta em fragmentos podendo migrar para outros níveis vertebrais ou até mesmo a cauda equina causando sérios problemas, onde na maioria dos casos o tratamento é cirúrgico.
O Tratamento conservador com Fisioterapia e Medicamentos se dá em 80 a 90% dos casos com excelentes resultados , poucos são os casos que poderão submeter a algum procedimento cirúrgico.
Texto por: Flávia Vicentin
Fisioterapeuta Especializada em Ortopedia e Traumatologia – ISCMSP
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